Capitão contar é primeira opção dos bolsonaristas, enquanto azambuja busca se consolidar no PL

Já alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro para se filiar ao PL, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) concentra seus esforços na disputa por uma das duas vagas ao Senado que estarão em jogo em 2026 por Mato Grosso do Sul. Ciente de que precisará conquistar a confiança dos setores mais influentes do bolsonarismo, Azambuja trabalha para fortalecer sua pré-candidatura e se apresentar como uma opção viável ao eleitorado conservador.

O desafio, no entanto, é considerável. Nos bastidores, lideranças e militantes do PL ainda demonstram cautela em relação ao ex-governador, preferindo, em grande parte, o nome de Capitão Contar  ex-deputado estadual e ex-candidato ao governo do Estado. Contar mantém forte influência com a base bolsonarista e preserva apoio expressivo junto aos grupos mais engajados do movimento.

Essa conjuntura ajuda a explicar por que Azambuja não demonstra entusiasmo com a “dobradinha” articulada por Nelsinho Trad. O senador enfrenta resistência dentro do PL e de núcleos bolsonaristas, que veem com desconfiança sua ligação familiar com dois adversários políticos diretos.

O irmão do ex-deputado federal Fábio Trad, cotado para ser o nome do PT na disputa estadual  e do vereador Marquinhos Trad, Nelsinho carrega a sombra de alianças opostas ao projeto político de Bolsonaro. Esse vínculo familiar tem alimentado a antipatia de parte significativa do eleitorado conservador, criando um ambiente ainda mais desafiador para qualquer composição eleitoral que envolva seu nome e o de Reinaldo Azambuja.